Volume 13
Ruy Brasileiro Borges - Já disse, ora!

Breve Resenha


Capa Volume 13

Já disse, ora! de Ruy Brasileiro foi a peça detentora do "Prêmio do Público" no II Concurso Nacional de Composição "Conjunto de Música Nova da UFBA" (1976). Nesse mesmo ano, o Conjunto Música Nova da Bahia apresentou-a no Teatro Municipal de São Paulo e, no ano seguinte, na II Bienal da Música Brasileira Contemporânea.

Considerando-se que o compositor iniciou seus estudos musicais em 1972, e que concluiu sua graduação em Composição no ano de 1984 (UNICAMP), pode-se dizer que esta é uma obra de um compositor estreante, cuja concepção estética, entretanto, ganhou de imediato a admiração do público. O caráter experimental da peça, a libertação da melodia e da tonalidade, são aspectos apontados na época por Damiano Cozzela, que reconheceu no título claramente nonesense a crítica implícita às "coisas tradicionais de música".

Em sua análise da peça, Didier Guigue chama atenção à agressividade sonora relativamente rara em formações instrumentais do tipo (conjunto misto) e à radicalidade de escrita, que se expressa, singularmente e acima de tudo, através da anti-sofisticação dos meios composicionais utilizados. Meios tais como a abolição das relações de causa e efeito na estruturação do discurso musical e a utilização do pulso bruto e simples, regular e repetido à exaustão, como elemento praticamente único da obra, constituindo-se em sua característica mestra. Considerando a estética da peça como um exemplar de arte povera, e reconhecendo nela um "olhar de relance" para o rock marginal e rebelde, ele também nota a revelação de uma posição anti-conformista e anti-acadêmica do compositor, um chute aos rigores eruditos, claramente expresso no título da peça.

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